Como educar o sono nas crianças ?

Como educar o sono nas crianças ?

É nas idades mais precoces que o sono pode e deve ser educado. Nos primeiros meses de vida, o bebé ainda não tem um ritmo de sono-vigília bem estabelecido, necessita ser alimentado frequentemente, mesmo no período noturno, o que vai  afetar o descanso dos pais. Apesar de a partir dos 6 meses as crianças começarem a progredir para um sono mais parecido com o ciclo  do sono adulto, isso nem sempre acontece. Saiba como propiciar noites tranquilas ao seu filho/a

 Com o crescimento, essencialmente a partir dos 6 meses de vida, o bebé tem mecanismos biológicos que lhe conferem a capacidade de estabelecer um ritmo de sono-vigília mais semelhante ao do adulto, fazendo um período mais longo de sono noturno, e sestas diurnas de menor duração.

O que acontece é que as crianças mantêm alguma dificuldade em adormecer, associada ou não a despertares noturnos frequentes, o que condiciona um sono de qualidade deficitária nos pais. Sabemos, no entanto, que isto não tem de ser uma certeza. Os especialistas acreditam que algumas mudanças simples na rotina familiar podem trazer de volta as noites bem dormidas.

Primeiramente, é preciso ter em consideração a duração do sono recomendada para cada idade:

  • 1-2 anos – 11 a 14 horas
  • 3-5 anos – 10 a 13 horas
  • 6-13 anos – 9 a 11 horas
  • 14-17 anos – 8 a 10 horas
  • 18- 25 anos – 7 a 9 horas

 

Adote estratégias  e siga-as com consistência:

  • É fundamental a criança ter uma rotina de convívio tranquilo com a família, o chamado tempo de qualidade e calma, no final do dia, e manter uma rotina na hora de deitar diariamente;
  • Devem ser evitadas luzes fortes, música alta e agitada, aparelhos eletrónicos (tablets, telemóveis, computadores cuja luminosidade ajuda a impedir o sono) ou qualquer forma de estimulação excessiva, nas horas que antecedem o sono;
  • Para a criança ganhar autonomia e aprender a adormecer sozinha, deve ser deitada sonolenta, mas ainda acordada, para aprender a adormecer sem a presença dos pais;
  • Os contactos durante a noite (para alimentação, mudança de fralda/roupa, consolo, etc.) devem ser rápidos e silenciosos, mantendo a criança na sua cama;
  • Objetos de ‘transição’, como mantas, fraldas de pano ou bonecos, podem ser úteis para crianças que não se sentem seguras sem a presença dos pais;
  • Com exceção das crianças muito pequenas, evitar sestas prolongadas, fazer sestas adaptadas à idade e nunca demasiado tardias.

 

O sono é fundamental no comportamento; aprendizagem; memória; regulação emocional; funções hormonais, entre outros, e qualidade de vida de uma maneira geral. As regras de bem dormir, ou de uma boa de sono, são adquiridas na infância, podendo manter-se até à vida adulta. Mas é a regularidade e a consistência que fazem delas uma verdadeira arma de apoio à saúde, já que o sono é essencial para múltiplas funções do organismo.

 

Não se esqueça: a maioria das crianças, no seu tempo, e com persistência da parte dos pais ou cuidadores, é sensível às regras mais gerais. No entanto, existem algumas perturbações de sono que justificam uma avaliação médica. Dentro das insónias comportamentais, quando surgem sinais de privação de sono nas crianças ou nos cuidadores, é importante obter aconselhamento médico. Por isso, para esclarecer qualquer dúvida sobre esta ou outras questões, consulte sempre o profissional de saúde que acompanha a criança.

 

Referências:

Higiene do sono na criança e adolescente, Guia da Sociedade Portuguesa de Pediatria e Associação Portuguesa de Sono;

https://nocs.pt/saude-infantil/

http://www.arsnorte.min-saude.pt/wp-content/uploads/sites/3/2019/01/Manual_Saude_Infantil_Juvenil.pdf

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